MAPA DO SITE ACESSIBILIDADE ALTO CONTRASTE
CEFET-MG

Professor de Divinópolis desvenda signos linguísticos por meio da fotografia

Quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Convencer os alunos de que a palavra não traduz a realidade, mas a recria para a linguagem, não é tarefa fácil: uma forma encontrada pelo professor de Língua Portuguesa Luiz Carlos Gonçalves, do CEFET-MG Unidade Divinópolis, para exemplificar esse conceito, foi usar a fotografia. Desde o início do ano, os alunos são incentivados a compartilhar com os colegas fotos a partir de temas estipulados pelo professor.

O objetivo é discutir os elementos, como luz, ângulo, foco, que fazem com que um mesmo objeto fotografado jamais se repita da mesma forma em fotos diferentes. O professor esclarece que, um conceito chave dentro do ensino de Língua e de produção de texto, é o da arbitrariedade do signo linguístico, já que desde pequenos nos acostumamos a nos relacionar com essa realidade basicamente através das palavras, dos signos linguísticos. A metáfora, assim, se revela aos alunos. “Da mesma forma que o olhar do fotógrafo modifica o objeto fotografado, a palavra e seu uso também adulteram o elemento do mundo real que se quer representar na realidade”, explica.

Segundo o professor, a ideia é levar os alunos a questionar sobre que recursos, na linguagem, exercem a função que luz, ângulo e foco desempenham na foto. Ou seja, que elementos retóricos e argumentativos têm a função de reconstruir a realidade para a linguagem e persuadir pessoas.

A turma já produziu fotos sobre Ouro Preto, Divinópolis e também captou a florada dos ipês no centro-oeste do estado. A única instrução é que procurem um ângulo “inusitado”. Segundo o professor “esse tipo de atividade muda a forma como o aluno se relaciona com seu entorno; muitos relatam que nunca haviam reparado nas árvores de sua rua ou no tipo de arquitetura do seu bairro”.

As fotos feitas pelos alunos são postadas no instagram do professor:instagram.com/luizdiv .

Secretaria de Comunicação Social CEFET-MG
com informações do professor Luiz Carlos Gonçalves