Campus Divinópolis do CEFET-MG tem projeto aprovado em chamada da FAPEMIG para desenvolvimento da Educação Básica em STEAM
Sexta-feira, 22 de agosto de 2025
A professora Thabatta Moreira Alves de Araújo, do CEFET-MG – Campus Divinópolis, teve o projeto “As PadaWomans: O Despertar do Código” aprovado na Chamada FAPEMIG nº 013/2024 — Pesquisa para Transformação da Educação Básica, voltada às áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática (STEAM). A iniciativa, desenvolvida em parceria com docentes do Departamento de Computação do campus Divinópolis e professores das escolas parceiras, busca promover a inclusão digital e a equidade de gênero por meio do ensino de programação para estudantes da rede pública. O projeto foi contemplado com R$ 320.626,00 e integra as 23 propostas selecionadas entre 86 submetidas, em um edital que destinou mais de R$ 6 milhões a projetos inovadores para a educação básica em Minas Gerais.
Ações previstas
Entre 2026 e 2028, estão programadas oficinas, maratonas de programação em um contexto diverso de gênero que inclui meninos e meninas, e mentoria e treinamentos intensivos voltadas à inclusão das meninas na STEAM. Também estão previstas a capacitação de professores da rede pública, a aquisição de computadores e kits de robótica para modernização da infraestrutura tecnológica das escolas parceiras e do CEFET-MG, além da produção de materiais didáticos e pedagógicos e apoio com bolsas de pesquisa para os alunos do CEFET-MG participantes do projeto.
As atividades serão realizadas nas Escolas Estaduais Rosa Vaz de Araújo e Martin Ciprien, que, segundo o Censo da Educação Básica, atendem estudantes majoritariamente pretos ou pardos, de famílias com baixa escolaridade e historicamente vinculadas à rede pública de ensino.
Impacto esperado
Coordenado pela professora Thabatta, em parceria com docentes do Departamento de Computação do CEFET-MG e professores das escolas participantes, o projeto será desenvolvido entre agosto de 2025 e julho de 2028, com impacto direto em cerca de 200 estudantes, além de professores e familiares.
A metodologia, de caráter teórico-prático, inclui a formação de equipes para competições de programação, como a Olimpíada Brasileira de Informática (OBI) e a Maratona Feminina de Programação, e o incentivo à participação em eventos como a Semana Olímpica da Informática e o Fórum Meninas Digitais. O material produzido será compartilhado com a comunidade para que interessados possam replicar a metodologia em outras escolas.
Relevância social
O projeto está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em especial aos que tratam de educação de qualidade e igualdade de gênero. Além de ampliar as perspectivas profissionais dos estudantes, a iniciativa busca fortalecer o protagonismo feminino na tecnologia e reduzir desigualdades no acesso ao conhecimento científico.
Para a professora Thabatta, o apoio financeiro da Fapemig é decisivo:
“O recurso permitirá capacitar estudantes e professores e transformar o ambiente escolar com estrutura, oportunidade e representatividade para meninas e mulheres em áreas historicamente desiguais.”
Os resultados das ações serão divulgados em periódicos, eventos científicos e plataformas educacionais como o MECRED, favorecendo a replicação da experiência em outras escolas públicas. A iniciativa também reforça o papel do CEFET-MG como instituição comprometida com a inovação educacional, a inclusão social e a formação de cidadãos críticos, criativos e preparados para os desafios tecnológicos do século XXI.